segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: "cor-de-rosa" e "cor de vinho"

Por que, pela nova ortografia, escreve-se "COR-DE-ROSA" com hífen, mas "COR DE VINHO" sem hífen? Essa diferença de escrita existe simplesmente porque "COR-DE-ROSA" é uma das EXCEÇÕES à nova regra. Pela Nova Ortografia, NÃO SE EMPREGA O HÍFEN em qualquer tipo de locução, conjunto de palavras com função e significados únicos; tenham elas, ou não, um elemento de ligação. Exemplos: "cor de vinho", cor de açafrão, cor de café com leite, cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, a fim de que, ao passo que, por conseguinte, à espera de, à parte, à vontade. Entretanto conservou-se o hífen em algumas locuções, por serem consideradas consagradas, as quais passaram a constituir exceções. É o caso de "cor-de-rosa". Outras exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. Fonte: VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – 5ª edição -Base XV

terça-feira, 30 de novembro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "um" é numeral e artigo

A principal diferença entre o numeral cardinalum” e o artigo indefinidoum” é justamente a função de cada um deles. O numeral cardinalum” indica quantidade exata de seres, lugares ou coisas. Adminte o acréscimo dos termos " só", "somente" ou "apenas". Exemplo: O atleta trouxe um uniforme para todos os jogos. (isto é: um só uniforme) O artigo indefinidoum” generaliza o termo que acompanha, ou seja, determina-o de modo vago. Aceita o acréscimo do termo "qualquer". Exemplo: Achei um brinco na calçada. (ou seja, um brinco qualquer) Veja a diferença: Estava procurando meus brincos. Encontrei um na calçada. (aqui "um" está expressando a quantidade, no exemplo anterior, "um" somente generaliza o objeto) É possível perceber a diferença entre eles em um contexto, passando-os para o plural. Se o plural de "um" for "uns", é artigo; se for "dois", "três"..., é numeral. Veja as recomendações do gramático Napoleão Mendes de Almeida: - “um, quando cardinal, indica realmente número e tem por plural dois; na prática, descobre-se que um é cardinal quando admitir o acréscimo de , único: Um (só) homem é bastante para erguer isso”. - “quando indefinido, um tem por plural uns e admite, por contraposição, o adjetivo outro: “Fiquei conhecendo hoje um homem, de que há muito ouvi falar”. Fonte: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, p. 160.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: trema

Só para lembrar: nas palavras portuguesas ou aportuguesadas não se usa mais o trema, embora o "u" continue sendo pronunciado. Assim, escrevemos tranquilo, sequestro, consequência, cinquenta. Pela Nova Ortografia, usa-se o trema apenas em nomes próprios, como Müller, e em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "onde" e "aonde"

Que a palavra "onde" designa "lugar", já vimos na postagem do dia 14/09/2009. Mas e quando a dúvida é: usar "onde" ou "aonde"? Neste caso, veja as diferenças de uso: ONDE Usa-se com verbos que NÃO indicam movimento. Refere-se a "lugar em que se está ou se fica" (em que lugar). Exemplos: Onde mora a sua família? Não sei onde meu chefe se encontra neste momento. A rua onde moramos é muito agitada. Observação: com verbos que indicam movimento, só se usa "onde" nos casos em que este já vem precedido de uma preposição, como de, até, para ou por. Exemplos: Você viu até onde ele foi? Só podemos passar por onde a tinta está seca. Não sei de onde saiu este carro. Amanhã iremos para onde a Joana quer. AONDE Emprega-se com verbos que indicam movimento, deslocamento, pois tais verbos exigem a preposição "a", a qual se une ao "onde". Equivale a "a que lugar", "para que lugar". Exemplos: Aonde você quer chegar? Aonde ele pensa que vai com essa caixa? Ele sabe aonde essa atitude o levará? Fonte de consulta: Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, 3ª ed. de acordo com a nova ortografia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "a presidente" ou "presidenta"

Qual é o feminino da palavra "PRESIDENTE": "A PRESIDENTE" ou "PRESIDENTA" ? As duas formas estão registradas em dicionários de Língua Portuguesa no Brasil, embora a mais usual seja "a presidente". Acontece que,em geral, os substantivos terminados em -e e, especialmente, em -nte, têm formas iguais tanto para o gênero masculino como para o feminino. Exemplos: cliente, estudante, servente. "Há, porém, um pequeno número que, à semelhança da substituição -o (masculino) por -a (feminino), troca o -e por -a. Assim: elefante - elefanta governante - governanta infante - infanta mestre - mestra monge - monja parente - parenta Observação: Os femininos giganta (de gigante), hóspeda (de hóspede) e presidenta (de presidente) têm ainda curso restrito no idioma." (CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 194) Outras fontes de consulta: Nossa Gramática Completa Sacconi, 29ª ed. p. 133. Gramática Metódica da Língua Portuguesa, Napoleão Mendes de Almeida, 45ª ed. p.104. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, p. 2292.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: "étnico-racial" e "etnorracial"

Saiba por que há diferenças, quanto ao uso do hífen, entre os vocábulos: "étnico-racial" e "etnorracial" ÉTNICO-RACIAL é um adjetivo composto e, neste caso, não há mudança na grafia, pelas regras do Novo Acordo Ortográfico, ou seja, emprega-se o hífen, como em social-democrata, social-patriótico, luso-brasileiro. ETNORRACIAL é uma palavra iniciada pela forma reduzida "etno", que é um elemento de composição, ou seja, isoladamente não constitui um vocábulo. Sendo assim, está sujeita às novas regras de uso do hífen: separam-se as recomposições em que o segundo elemento inicia por "h", como em etno-história, etno-histórico(a). Mas não há separação, se tal elemento iniciar por consoante, como em etnocentrismo, etnolinguístico(a). E caso o segundo elemento inicie por "r", este deve ser dobrado, como em etnorreligioso.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "os porquês"

POR QUE, POR QUÊ, PORQUE OU PORQUÊ?

Quando usar cada uma das formas acima?

Usa-se:

Por que - em perguntas diretas ou indiretas (não havendo pontuação em seguida); indica "causa", "motivo", "razão"; pode ser substituído por "pelo qual" e "para que". Exemplos: Por que as pessoas se envolvem com drogras? (por que motivo) Os alunos não explicaram por que faltaram àquela aula. (por que razão) Grandes são as transformações por que vêm passando as cidades. (pelas quais) Estavam ansiosos por que ela voltasse. (para que) Por quê - em final de frase ou pausa acentuada, quando a palavra "que" passa a ser tônica. Exemplos: Estava triste sem saber por quê. Apareceu no meio da multidão sem saber por quê. Ninguém gosta dele. Por quê? Não sabia por quê, mas queria sair o mais rápido possível. Porque - em respostas, apresentando uma explicação; equivale a "pois"; aparece também nas perguntas que expressam uma causa possível, limitando a resposta a SIM ou NÃO. Exemplos: Chegamos atrasados porque o trânsito estava congestionado. Acho que aquela garota está com frio, porque treme o tempo todo. O motorista foi preso porque subornou o guarda? Porquê - quando é substantivo; sinônimo de "causa", "motivo" ou "razão", sendo acentuado porque é palavra tônica; vem antecedido de um determinante: artigo, numeral, pronome. Exemplos: O pai não quis explicar os porquês de sua decisão. Todos temos alguns porquês para nos justificar . Talvez aceite seus porquês.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: datas importantes

UMA SÍNTESE BÁSICA DA CRONOLOGIA DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: 

1990 - Assinatura do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Lisboa, no dia 16 de dezembro, entre sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe (a adesão de Timor Leste foi em 2004)

1995 - O Congresso Nacional aprova o Acordo assinado em 1990, por meio do Decreto nº 54, de 18 de abril

1998 - Assinado o Protocolo Modificativo ao Acordo, em Praia, no dia 17 de julho

2002 - O Congresso Nacional aprova o Protocolo Modificativo, por meio do Decreto Legislativo n° 120, de junho

2004 - O Governo brasileiro confirma o Acordo junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e
            - Assinado o Segundo Protocolo Modificativo, em São Tomé e Príncipe, dia 25 de julho

2007 - No dia 1º de janeiro, o Acordo entra em vigor internacional, inclusive para o Brasil, no plano jurídico externo

2008 - O Acordo e os Protocolos Modificativos são promulgados, respectivamente pelos Decretos 6.583, 6.584 e 6.585, em 29 de setembro

2009 - O Acordo passa a valer no Brasil, a partir de 1º de janeiro, conforme consta no Decreto 6.583, assinado em 2008

1º/01/2009 a 31/12/2012 - PERÍODO DE TRANSIÇÃO - serão aceitas as duas ortografias até dezembro de 2012, exceto para os livros didáticos (adaptados até 2010)

2010 - adaptação dos livros didáticos de ensino fundamental e médio, conforme Resolução nº 17 do MEC, assinada em 17 de maio de 2008

2013 - A Nova Ortografia será a única oficial no Brasil
ATENÇÃO:
2016 - NOVA DATA DE ENTRADA EM VIGOR DA REFORMA ORTOGRÁFICA

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "há" e "a"

Veja como é fácil identificar a diferença de uso entre as formas "" e "a": * - é o verbo haver no passado e pode ser substituído por faz. Exemplos: dias não o vejo. O diretor assumiu o cargo mais de um ano. A escravidão não deveria existir mais de dois séculos. * a - é uma preposição que pode exprimir: tempo futuro e distância. Exemplos: Será inaugurada uma nova escola daqui a dois meses. Meu amigo será operado daqui a uma semana. Estamos a pouco tempo das eleições. O leão está a dois metros de sua presa. Daqui a cinco quilômetros chegaremos ao nosso destino. Observação: a palavra a também pode ser artigo: A casa caiu. Abri a porta. ou pronome: Esta casa é a que caiu. Todos os dias, eu a limpava.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: hífen em palavras compostas

Devem ser escritas com hífen as palavras compostas por substantivos, adjetivos, numerais ou verbos que, quando se unem, passam a ter sentido diferente daquele correspondente a elas isoladamente, mas desde que não exista algum termo (a, de, sem etc) entre elas. 

É o caso de: 

sócio-gerente 
primeiro-ministro 
primeiro-sargento 
guarda-noturno 
diretor-secretário 

e também de: 

gerência-geral 
gerente-geral 
diretor-geral 
diretor-presidente 
diretoria-geral 
secretariado-geral 
secretário-geral 

Segue o teor da regra que está na base XV do Novo Acordo Ortográfico

 "Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decerto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto, alcaide-mor, amor-perfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infecção, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva."

Observação: Pela nova ortografia, os compostos formados por elemento de ligação são escritos sem o hífen _ pé de moleque, com exceção daqueles que designam espécies botânicas e zoológicas: joão-de-barro; bem-te-vi; porco-da-índia.



Fonte: Vocabulário Ortografico da Língua Portuguesa, 5ª ediação.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "em domicílio ou "a domicílio"

Uma dúvida recorrente: Qual a diferença entre as expressões "em domicílio" e "a domicílio"? Veja uma forma simples de diferenciá-las: - A expressão "em-domicílio" significa "no domicílio" de alguém, ou seja "em algum lugar"; já que a preposição "em" expressa “lugar” (estar em). Assim: Serviço de entrega em domicílio. Atende-se em domicílio. Corta-se cabelo em-domicílio. - A expressão "a domicílio" está associada à ideia de locomoção; já que a preposição "a" expressa movimento, da mesma forma que os verbos anteriores a ela também passam a ideia de movimento. Assim: Esta drogaria leva os medicamentos a domicílio. Levamos compras a domicílio.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: hífen nas formações com prefixos "ex-" e "vice-"

Pela Nova Ortografia, o hífen é obrigatório sempre que a palavra for composta pelos prefixos "ex-" e "vice-", como: ex-prefeito ex-marido ex-jogador vice-prefeito vice-almirante vice-campeão vice-cônsul O Acordo não cita todos os casos, mas apresenta alguns exemplos, como ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-primeiro-ministro, ex-rei, vice-presidente e vice-reitor. Além disso, inclui nessa regra prefixos menos usados, tais como: sota-, soto- e vizo-. Na 5ª edição do VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, encontramos outros exemplos: vice-chanceler, vice-chefe, vice-gerente e vice-governador.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: ESSE e ESTE?

Ao escrever um texto, você já se deparou com a seguinte dúvida: devo usar o pronome "esse" ou "este"? Então saiba que, em relação ao discurso falado ou escrito, a gramática procura conservar a seguinte distinção: 1. Empregue "esse" e suas variações (esses,essa, essas), para fazer referência ao que já foi dito, e "este" e suas variações (estes, esta, estas), para fazer referência ao que ainda será dito. Exemplos: Morreram 250 pessoas na rebelião. Esse número assustou as autoridades . A questão é esta: o que fazer para controlar a violência? 2. Quando há dois termos antecedentes no texto, convencionou-se usar "este" para o que está mais próximo e "aquele" para o que está mais longe. Exemplo: Carla e Cris estudaram na Europa; esta em Paris e aquela na Itália. Quem estudou onde? Cris em Paris e Carla na Itália. 3. Se houver três antecedentes, emprega-se "este" para o imediatamente próximo, "esse" para o que estiver no meio e "aquele" para o primeiro a ser citado. Exemplos: Roberta, Carolina e Fátima são três alunas que se destacam: esta por seu raciocínio rápido, essa pelo bom nível de sua produção textual e aquela pela criatividade. Quem é quem nesse pequeno texto? Sabendo-se da regra, fica fácil distingui-las. "Esta" é a última citada (Fátima), "essa" a que está no meio (Carolina) e "aquela" a primeira citada (Roberta). Fonte de consulta: WILILIAM CEREJA & THEREZA MAGALHÃES. Gramática Reflexiva: texto, semântica e interação. São Paulo: Atual, 1999, p. 137.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: expressões traiçoeiras

Na língua portuguesa, existem alguns pares de expressões que possuem significados totalmente opostos, mas que costumeiramente têm sido usados para expressar a mesma ideia. A consequência disso é a de que acabamos dizendo o contrário daquilo que queremos dizer. É o caso das expressões “ao encontro de” e “de encontro a” VEJA O SIGNIFICADO DE CADA UMA DELAS: AO ENCONTRO DE significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”, ou seja, estar em concordância ou conformidade. Exemplo Podemos unir nossas forças, pois sua opinião vem ao encontro da minha. DE ENCONTRO A significa “opor-se a”, ou seja, estar em oposição; também pode ser choque ou colisão. Exemplos Está claro que temos diferentes visões de mundo, pois suas opiniões vêm sempre de encontro às minhas. Para desviar de um defeito na pista, o motorista jogou o carro de encontro ao muro.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: BEM-VINDO

Outro dia, alguém me questionou sobre a ortografia da palavra "bem-vindo", pois a tem encontrado escrita de diferentes formas: benvindo; bem vindo...

Pela nova ortografia, não houve mudança na escrita dessa palavra, ou seja, continua valendo a forma: BEM-VINDO.

Vale lembrar que é bom ficar atento à concordância dela: 
Sejam todos bem-vindos.
Revistas são bem-vindas.
Uma gratificação será bem-vinda.
Um prêmio é sempre bem-vindo.

Mas, quanto à questão do hífen, vejamos o que diz o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, na base XV: 

Emprega-se o hífen nos compostos com advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário de mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado, bem-criado(cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (malvisto). Obs.: em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc."

Portanto, o elemento "bem" merece uma atenção especial nas palavras compostas em que o segundo elemento se inicia por consoante. É sempre bom consultar um dicionário.
Veja mais alguns exemplos: bem-vestido, bem-vindo, bem-vestir, bem-casados, bem-comportado, bem-conceituado, bem-falado, bem-merecido, bem-querer, bem-sucedido etc.

OBSERVAÇÃO: escreve-se "bem-vindo" (hifenizado) também para diferenciar de "Benvindo" - nome próprio. Fonte de Consulta: Vocabulário Ortográfico da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 5ª edição, São Paulo: Global, 2009, p. 112 e 113.

segunda-feira, 22 de março de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: "ver" ou "vir"?

Nem sempre é fácil distinguir o verbo "vir" do "ver". É bem comum usarmos um pelo outro. Observe o uso desses verbos nas seguintes sentenças: Quando você ver minha amiga, entregue esse livro a ela. Não deu tempo para eu vim ontem. Se isso vir a acontecer, teremos que nos reorganizar. As formas dos verbos "vir" e "ver" usadas nos exemplos acima NÃO são aceitas pela gramática da língua padrão. Dintinguir quando se está usando um ou outro desses verbos parece ser uma dúvida frequente. Então, se quiser entender como distingui-los, ou simplesmente, se tiver a curiosidade de saber a forma de uso desses verbos, aceita pela gramática da língua padrão, siga esta postagem. Observe novamente o uso desses verbos nas sentenças dadas: Quando você vir minha amiga, entregue esse livro a ela. Não deu tempo para eu vir ontem. Se isso vier a acontecer, teremos que nos reorganizar. Essas são as formas aceitas ou "corretas" pela Gramática Normativa. Veja a distinção entre os dois verbos. VER - converte-se em "vir" no futuro do subjuntivo: Se você vir... Quando você vir.... - o mesmo vale para seus derivados: rever, prever, antever, entrever... - nos demais tempos, o procedimento é o mesmo: se eles revissem, previssem; eles previram; ele reviu... VIR - no futuro do subjuntivo, transforma-se em "vier": quando ele vier... - a mesma forma vale para os seus derivados: convier, intervier... - outras formas: conveio, interveio ... - "Vim" é a flexão do verbo "vir" na primeira pessoa do singular, no passado do modo indicativo: Naquele dia, eu vim com a namorada, hoje venho com a família.

quarta-feira, 10 de março de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: o hífen em palavras formadas por prefixos

Pela nova ortografia, não se usa hífen nas palavras formadas por prefixos terminados em vogal (anti-, contra-, extra-), quando o segundo elemento inicia pelas letras "r" ou "s", as quais devem ser duplicadas. Veja alguns exemplos: ante + sala = antessala anti + racista = antirracista anti + reflexo = antirreflexo anti + religioso = antirreligioso anti + ruga = antirruga anti + roubo = antirroubo anti + ruído = antirruído anti + semita = antissemita anti + social = antissocial auto + regulação = autorregulação auto + retrato = autorretrato auto + serviço = autosserviço auto + suficiente = autossuficiente auto + sustentável = autossustentável contra + reforma = contrarreforma contra + regra = contrarregra contra + revolução = contrarrevolução contra + senso = contrassenso extra + regimento = extrarregimento micro + sistema = microssistema ultra + realista = ultrarrealista ultra + secreto = ultrassecreto ultra + sigiloso = ultrassigiloso ultra + som = ultrassom Observação: mantém-se o hífen quando os prefixos hiper-, inter- ou super- ligarem-se a palavras que se iniciam por "r". Exemplos: hiper-requisitado, inter-regional, super-resistente. Estas e outras informações constam no VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição, onde se encontra a Base XVI do Novo Acordo Ortográfico.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: eu ou mim; tu ou ti?

Se você já teve dúvidas na hora de usar os pronomes eu e mim ou tu e ti, seguem abaixo as regras para usá-los de acordo com a língua padrão: - os pronomes eu e tu são sempre sujeitos, por isso não podem ser precedidos de preposição; - os pronomes tu e ti funcionam como complemento antecedido de preposição. Considerando tais usos, veja como fica o emprego dessas formas. Diante de verbos, usa-se eu ou tu. Exemplos: Eu saio de casa bem cedo todos os dias. Quando eu comprar um carro novo, farei uma viagem. Trouxeram um livro para eu analisar. (observação: mesmo tendo a preposição para antes do pronome eu, ele está funcionando como sujeito do verbo analisar) Está quase na hora de eu ir para casa. (aqui eu também é sujeito do verbo ir) Tu sabes muito bem essa lição. Observação: quando houver uma pausa (uma vírgula) antes do verbo, usa-se mim ou ti. Exemplo: Para mim (ou ti), terminar essa tarefa agora está difícil. (neste exemplo, o pronome mim não é sujeito de terminar, pois a frase está invertida. A ordem direta dela seria: Terminar essa tarefa agora está difícil para mim.) Depois de preposição, usa-se mim ou ti, porque estes pronomes funcionam como complemento indireto. Exemplos: Ele trouxe o livro para mim. Estão falando de mim. (ou de ti) Entre mim e ela, não há problemas. Entre mim e ti há uma boa amizade. Algumas preposições mais usadas: a, até, para, de, entre, com, em, por...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: acentuação das duplas "ee" e "oo"

Pela nova ortografia, foi eliminado o acento circunflexo, o popular chapeuzinho, das palavras em que há as letras dobradas "ee" e "oo", como em leem, voo e enjoo. Observe como ficaram os dois casos separadamente: - não se acentuam mais os verbos ler, dar, crer, ver e seus derivados (reler, desdar, descrer, prever ...), quando estão flexionados na 3ª pessoa do plural (eles, elas): leem, deem, creem, veem, releem, desdeem, descreem, reveem; ou seja, sempre que a dupla "ee" aparece no final da palavra (com o penúltimo e forte), formando hiato com a terminação -em. Exemplos: As crianças leem os livros que colegas e adultos as motivam para ler. Professores e pais que creem na importância da leitura para a formação dos sujeitos costumam incentivá-las a ter o hábito de ler. - não se coloca mais o acento para sinalizar a vogal tônica em palavras terminadas pela dupla "oo", como em enjoo, voo e perdoo. Exemplos: Muitos passageiros acabam tendo enjoo em voos de longa duração. Mas, é bom ficar atento. Se o último o não estiver sozinho ou seguido de s, a palavra pode se encaixar em outra regra de acentuação, como em herôon (he--on) _ paroxítona terminada em n.

ATENÇÃO: nada mudou em relação à acentuação gráfica dos verbos "ter" e "vir" e seus derivados _ conter, manter, convir, provir; dentro da nova ortografia. Isso significa que valem as regras que existiam antes do Novo Acordo Ortográfico, ou seja, neste caso, o acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 3ª pessoa do plural desses verbos.

Exemplos:

O estagiário vem hoje para trabalhar no setor de informática. (ele vem _ 3ª pessoa do singular)

Muitas celebridades vêm para participar do evento de hoje. (elas vêm _ 3ª pessoa do plural).

Fonte de consulta: Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição, Base IX - da acentuação gráfica das paroxítonas.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: a palavra subsídio

Outro dia, fizeram-me a seguinte pergunta: o "s" da palavra "subsídio" tem som de /z/ ou de /s/? Você também já teve essa mesma dúvida? Pois saiba que a pronúncia do "s" da palavra subsídio, aceita pela língua culta, é de/s/, apesar de o uso do som /z/ ser o mais recorrente. O que justifica isso? Quanto à pronúncia, o "s" tem dois sons: /s/e /z/ . Tem som de /s/, quando: - está no início da palavra, como em sair, sabor, selo e sol; - aparece no meio da palavra, antes ou depois de consoante, como em observação, imprensa, compensar, denso, absoluto, subsídio, subsistência e haste, por exemplo. (Portanto, em SUBSÍDIO, o "s" tem som de /s/, porque está localizado logo depois da consoante "b") Tem som de /z/, quando: - está entre vogais, como em asa, mesa, resumo, cuidadoso, camisa e casulo; - nas palavras compostas pelo prefixo trans- seguido por vogal, porque o n é considerado mero sinal de nasalização /ã/, como em transatlântico, trânsito, transação ou transeunte. Note que, se a palavra que vem depois do prefixo iniciar por s, terá som de /s/, afinal já há um "s", escondido, que faz parte da origem da palavra, como em transubstanciação (trans + substanciação) e transexual (trans + sexual). Você deve estar pensando: seguindo tais regras, a palavra transa ( acordo, combinação, negócio; trama; relação sexual) deveria ser escrita com "z", e não com "s", para não ser pronunciada "trança". O gramático Napoleão Mendes de Almeida ajuda-nos a esclarecer mais esta dúvida. Segundo ele, "sempre que o étimo de uma palavra nossa acusar s, esta consoante deverá ser conservada em português; (...)". Se procurarmos a origem da palavra transa, saberemos que ela é uma forma reduzida da palavra transação, a qual é escrita com "s" que tem som de /z/. É possível, portanto, concluir-se que o "s" da palavra transa, em função da sua origem, pronuncia-se como /z/. Observação: a palavra obséquio, de acordo com o mesmo gramático, "tem som acidental de /z/, ou seja, entende-se que é uma exceção. Fontes de consulta: GRAMÁTICA METÓDICA DA LÍNGUA PORTUGUESA, de Napoleão Mendes de Almeida, Ed. Saraiva, 2005, p. 41 e 42. DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA, Editora Objetiva, 2001, p. 2749.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: acento em "i" e "u" antes de ditongo

Pela nova ortografia, não se usa mais acento agudo sobre o "i" e "u" tônicos, precedidos de ditongo* decrescente. Mas a regra só vale para palavras paroxítonas**.
Exemplos: feiura; baiuca; taoista; bocaiuva; maoismo; saiinha; tauismo. ATENÇÃO:
- o acento permanece em palavras, como Piauí e tuiuiú, mesmo tendo um ditongo decrescente antes do "i" e do "u" , porque elas são oxítonas***; exceto se terminarem por uma consoante diferente de "s", as vogais "i" e "u" não serão acentuadas, como em: cauim, cauins;
- todas as palavras proparoxítonas**** continuam sendo acentuadas, mesmo quando o "i" tônico está precedido de ditongo, como em: feiíssimo;
- a palavra "guaíba" continua sendo acentuada, porque o "i" tônico está antes de ditongo crescente*****.

* encontro de duas vogais na mesma sílaba ** penúltima sílaba mais forte *** última sílaba mais forte ****antepenúltima sílaba tônica ***** a semivogal vem antes da vogal

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: óculos, costas, quites, clipes...

Você já se deparou com uma dúvida na hora de fazer a concordância das palavras "óculos", "costas, "quites" e "clipes"? Então aí vão algumas dicas para ajudá-lo(a) nessa tarefa: - as palavras "óculos", "costas", "quites" e "clipes" são os plurais de "óculo"* "costa"**, "quite"*** e "clipe"****, por isso, devem concordar com as outras palavras que as acompanham; - é comum confundi-las com palavras terminadas por "s" e que não variam no plural, ou seja, têm uma única forma para o singular e para o plural, como "pires", "ônibus" e lápis", dessa forma, não precisam concordar com outras palavras ligadas a elas; - a regra básica de concordância nominal é a de que os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural) com os substantivos que acompanham. Então: Coloquei a xícara sobre o pires ou as xícaras sobre os pires. Perdi o meu ônibus ou aqueles ônibus. Comprei um lápis ou quatro lápis. Mas Vou levar os meus óculos ou o meu óculo para o conserto. (justifica-se o plural "óculos" por ser um par, da mesma forma que meias ou luvas, por exemplo) Estou com dor nas minhas costas, porque quebrei uma costa. (atualmente é raro o uso de costa, no lugar de costela _ palavra da qual se origina costa). Escrevi nas costas da sua mão. Estou quite com meus funcionários, e eles estão quites com a empresa. Coloque um clipe naquele documento sobre a mesa e guarde os outros clipes na caixa, por favor. Observação: o mesmo raciocínio pode ser seguido para a palavra parênteses, ou seja, existe a forma singular: parêntese. Assim: Ao abrir um parêntese, para fazer uma explicação, termine esta com outro parêntese, ou seja, a explicação ficará entre parênteses.

* Óculo: qualquer instrumento composto de lentes que auxiliam a vista; cada uma das lentes dos óculos.** Costa: originada da palavra mesma palavra atina, o mesmo que costela.*** Quite: livre da dívida, de obrigação.**** Clipe: pequena peça de metal ou matéria plástica, usada para juntar papéis.

Fonte de consulta: Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Editora Objetiva, 2001.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: acento diferencial

Pela nova ortografia, NÃO se usa acentro gráfico para distinguir as palavras que possuem mesma grafia, mas significados diferentes (homógrafas), como: -para (verbo ou preposição). Exemplo: Para o carro aqui que eu quero voltar para casa! - pela(s) (verbo, substantivo ou contração per+la). Exemplo: O criador pela os carneiros e os retorna ao campo pela mesma passagem. - pelo(s) (verbo, substantivo ou contração per+lo). Exemplo: Eu pelo os pelos do meu cachorro toda semana, no verão, porque os vejo crescerem rapidamente pelo corpo todo dele, nessa época. - polo(s) (substantivo ou por+lo(s) antigo e popular). Exemplo: O polo daquela universidade tem o símbolo do pôlo (falcão ou gavião com menos de um ano). ATENÇÃO: ficam mantidos os acentos diferenciais nas palavras: - pôr (verbo), para diferenciar-se de por (preposição). Exemplo: O manual ensina como pôr a roupa na máquina e deixá-la limpa por mais tempo. - pôde (pretérito perfeito do indicativo _ passado), para se diferenciar de pode (presente do indicativo _ presente). Exemplo: Naquele dia, ele pôde fazer uma transferência entre contas, mas hoje não pode mais.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DÚVIDAS FREQUENTES: gratuito ou gratuíto?

A palavra “gratuito”. 


Se a sua dúvida é: a palavra “gratuito” tem acento? Não fique com ela nem coloque o acento na palavra.

É comum ouvirmos as pessoas pronunciarem o “i” da palavra “gratuito” com maior intensidade (tônico, forte). Exemplo: Fazendo a matrícula, o material didático é gratuíto.

Entretanto, se fosse assim, levando em consideração as regras de acentuação gráfica do Português do Brasil, o “i” dessa palavra obrigatoriamente receberia um acento agudo (gratuíto). Mas esta não é a forma que os dicionários a registram. Em todos os dicionários da Língua Portuguesa no Brasil, a palavra "gratuito" é registrada sem acento.

Então por que a maioria das pessoas pronuncia o "i" com maior entonação?
A confusão acontece pela falta de conhecimento das regras de acentuação gráfica.
Embora, na Língua Portuguesa, quase todas as palavras tenham acento tônico (intensidade sonora com que se pronuncia certa palavra), somente algumas têm acento gráfico (sinal utilizado para indicar a sílaba tônica).
Para evitar confusões na pronúncia, existem as regras de acentuação gráfica. E não há exceções para elas. Dentro dessas regras, o fato de a palavra “gratuito” não ser acentuada graficamente é uma indicação de que a sílaba tônica é -tui.

Podemos descobrir isso por eliminação:

- se a sílaba tônica fosse a primeira –gra, teria necessariamente acento gráfico (grá-tui-to), porque seria classificada como uma proparoxítona (antepenúltima sílaba tônica), e todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente, como “rá-pi-do” e “es-te-re-ó-ti-po”, por exemplo;

- se o “i” fosse tônico, também teria que ser acentuado graficamente (gra-tu-í-to), porque constituiria um “hiato” (encontro entre duas vogais, pronunciadas em sílabas diferentes, uma imediatamente seguinte à outra); e assim entraria na regra de acentuação dos hiatos: “acentue o i e o u tônicos, quando forem a segunda vogal do hiato: saída, saúde.” (NOSSA GRAMÁTICA COMPLETA SACCONI: teoria e prática, 29ª edição, p. 63);

- só nos resta colocar a tonicidade na penúltima sílaba (-tui). E neste caso, a palavra é classificada como paroxítona terminada em “o”, portanto, não deve ser acentuada, como em “ba-ba-do”, “tra-ba-lho” e “in-tui-to”.

Segundo SACCONI, “ Quem diz “récorde” (em vez de recorde) ou “gratuíto” e “circuíto” (em vez de gratuito, circuito), comete silabada, que é o nome que se dá ao erro prosódico.” (2008, p. 61)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

NOVA ORTOGRAFIA: acentuação

Você já leu as novas regras de acentuação, mas vale lembrar que caiu o acento dos ditongos "ei" e "oi", quando aparecem na penúltima sílaba da palavra, como em: i-dei-a; es-trei-a; as-sem-blei-a ji- boi- a; he-roi-co; pa-ra-noi-co 


ATENÇÃO: pela Nova Ortografia, esses ditongos não são mais acentuados, mas SOMENTE quando constituem a sílaba tônica(forte) de palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica). Nas palavras monossílabas tônicas e nas oxítonas (última sílaba tônica), o acento permanece, como em: dói; he-rói; fi-éis; pas-téis. 


Então você já sabe: a posição dos ditongos "ei" e "oi" na palavra determina a acentuação deles: 


_ NÃO SÃO ACENTUADOS, se estiverem na penúltima sílaba


_ SERÃO ACENTUADOS, se estiverem na sílaba final da palavra.