sexta-feira, 7 de outubro de 2011

VOCÊ SABIA? A origem da palavra "assassino"

A origem da palavra ASSASSINO está ligada ao nome de uma pessoa, Hassan Sabbah, persa que fundou uma seita xiita ismaelita, cujos membros assassinavam chefes cristãos ou sunitas depois de consumirem haxixe.

Segundo a lenda, na época das Cruzadas, os fanáticos ismaelitas atacavam os cristãos ou outros inimigos de sua fé, em quadrilhas, quando estavam sob a influência da droga.
No século XI, os membros dessa seita ou tribo, provenientes do Norte do Irã, eram conhecidos por “haxxixin” ou “hashishin”, que significa consumidor de haxixe. Assim, os que fumavam “hashish” eram “assassinos”.

Daí a relação com o nome de Hassan ibn al-Sabbah (1034. 1124), chamado por Marco Pólo de “Velho das Montanhas”. Este visionário nizari, da seita ismaelita iraniana, converteu uma aldeia inteira, chamada Alamut e localizada nas montanhas Alborz, no Norte do Irã. Sendo ele o fundador de um dos grupos de “Hashshin”, seu nome aparece ligado a tais “assassinos”.


A etimologia do termo ASSASSINO vem do árabe haxxixin, “consumidor de haxixe”, palavra árabe que significa erva, derivada de haxis “cânhamo”; do persa hassassin, conforme o descrito acima; do italiano assassino “homicida” (a1321); “há quem acredite na interveniência do francês assassin (sXIII sob a forma assasis, 1560 sob a forma assassin)".

Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa, Ed. Objetiva, p. 319.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: acentuação e os casos de dupla grafia

De acordo com a Nova Ortografia, algumas palavras admitem dupla grafia no que se refere à acentuação gráfica. Assim, é facultativo:

1. Usar o acento circunflexo (^) ou o agudo (´) nas palavras em que as pronúncias cultas da vogal tônica aceitam variação, sejam elas oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas. Se a vogal tônica da língua culta soa fechada, recebe acento circunflexo; se soa aberta, recebe acento agudo.
Exemplos:
matinê ou matiné
cocô ou cocó
fêmur ou fémur
ônix ou ónix
ônus ou ónus
pônei ou pónei
Vênus ou Vénus
acadêmico ou académico
cômodo ou cómodo
efêmero ou efémero
gênio ou génio.

2. Usar o acento circunflexo para marcar a oposição entre as seguintes palavras: dêmos (1ª pess. pl. pres. do Subjuntivo) e demos (1ª pess. pl. pret. perf. Indicativo) fôrma (substantivo) e forma (substantivo ou verbo).

3. Grafar-se com acento agudo (´) ou não acentuar os verbos aguar, apaziguar, apropinquar e delinquir. Exemplos: Águe ou ague averíguo ou averiguo.

Fontes: Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição, Bases VIII a XIII. Escrevendo pela Nova Ortografia, do Instituto Antônio Houaiss.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "melhor" ou "mais bem"

"Melhor" ou "Mais bem"? Depende do contexto. Ambas as formas são comparativos de superioridade do advérbio "bem". Vejamos as diferenças entre elas:
  • "Melhor" é a forma sintética (uma só palavra) e é usada nos casos em que se compara uma mesma ação, praticada por:
a) sujeitos diferentes Exemplo: Minha amiga canta melhor que eu. b) um só sujeito Exemplo: Hoje cantei melhor.
  • "Mais bem" é a forma analítica (mais de uma palavra) e é usada em três situações:
1ª) Ao se comparar ações diferentes de uma mesma pessoa. Exemplo: Minha amiga canta mais bem que mal. 2ª) Diante de particípio. Exemplos: A lição foi mais bem compreendida nesta aula. Ele é o funcionário mais bem informado da empresa. Observação: o gramático Domingos Paschoal Cegalla, admite que antes de verbos no particípio (ido, ado), tanto é correto usar melhor como mais bem. Já Napoleão Mendes de Almeida afirma que "o mais seguro, antes de particípio, é redigir "mais bem ...". 3ª) Nos casos em que "bem" faz parte de adjetivo composto. Exemplos: mais bem-sucedido, mais bem-humorado, mais bem-aventurado, etc. Observação: tanto "melhor" como "pior" são comparativos dos adjetivos bom e mau e dos advérbios bem e mal. Atente-se, entretanto que "melhor" (mais bem) não varia, pois é advérbio: Eles estão falando melhor; e "melhor" (mais bom) é adjetivo, por isso, varia: Eles são os melhores alunos. Fontes: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, p. 150 e 320. Dicionário de dificuldades da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, Ed. Lexicon.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: o hífen em palavras formadas por prefixos

Pela Nova Ortografia, USA-SE O HÍFEN em PALAVRAS FORMADAS POR PREFIXOS, nos seguintes casos:


- quando o prefixo termina com a mesma vogal que se inicia o segundo elemento (vogal + mesma vogal). 
Exemplos:anti-inflamatório arqui-inimigo auto-observação micro-ônibus micro-onda


- quando o segundo elemento inicia por h. 
Exemplos:anti-higiênico anti-horário super-homem sobre-humano macro-história
Observações: 1) Não se usa o hífen em formações que contêm os prefixos des-, in- e an-, nem naquelas em que o segundo elemento perdeu o h inicial. Exemplos: desumano, desumidificar, inábil, inumano, anistórico, anepático. 2) Na forma a- usa-se o hífen e não se elimina o h: a-histórico.


- quando os prefixos hiper-, inter- ou super- se ligarem a palavras que se iniciam por r.  Exemplos:hiper-requisitado inter-regional super-resistente


- com os prefixos ex-, vice-, sota-, soto- e vizo-.
Exemplos: ex-diretor vice-prefeito sota-piloto soto-mestre vizo-rei


- com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento inicia por vogal, m ou n, além do h. 
Exemplos: circum-adjacente circum-ambiente circum-hospitalar circum-navegação pan-africano pan-atrofia pan-hidrômetro pan-negritude pan-óptico


- com os prefixos pós-, pré- e pró-, quando forem tônicos, acentuados e conservarem autonomia vocabular. 
Exemplos: pós-eleitoral pós-graduação pós-guerra pós-escrito pré-estreia pré-eleitoral pré-escola pré-fabricado pré-contrato pré-lançamento pró-americano pró-forma


Observação: os prefixos átonos re-, pre-, pro- e o prefixo co- aglutinam-se em geral ao segundo termo, mesmo que este inicie pela mesma vogal ou h. Exemplos: cooperar, coordenar, cooperação, cooptar, reescrever, reescrita, preconceito, preencher, proativo.

Fonte: Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição, base XVI.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

VOCÊ SABIA? A palavra "gari"

Você sabe a origem da palavra “gari”? Historicamente a forma “gari” é originária do Rio de Janeiro e deriva de um nome próprio. No século XIX, a limpeza pública das ruas da antiga capital federal estava a cargo de uma empresa, cujo proprietário chamava-se Aleixo Gary. Por isso, esse termo foi adotado primeiramente no Rio, para designar a pessoa contratada pela incorporadora, para varrer as ruas. O vocábulo “gari” consolidou-se em 1909 e atualmente é usado em todo o Brasil para designar o varredor de ruas, geralmente contratado pelo órgão municipal encarregado da limpeza pública. Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 1ª edição, p. 1429.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: abreviaturas

Algumas abreviaturas oficiais de cargos, postos, funções ou títulos: 

Almirante: Alte e Alm.
Brigadeiro: Brig e Brig.°
Capitão: Cap, Cap.ão e Capt.
Comendador: Comdor., Com.dor, Comend. e Comor
Coronel: Cel, C.el e Cel
Conselheiro: Consel., Conselh. e Cons.°
Desembargador: Des.dor, Desemb. e Des.or
Digníssimo: DD. e Dig.mo 
Embaixador: Emb. e Embor
Engenheiro(a): Eng., Engº e Eng.ª
Engenheiro Civil: Eng. Cv.
Excelência: Exª, Ex.ª e Exª
Excelentíssima: Ex.ma 
Excelentíssimo: Exmo e Ex.mo
General: Gen, G.al e Gen.
Ilustríssima: Ilma.
Ilustríssimo: Ilmo. e Ilmo 
Juiz: J.z Juíza: J.za
Major: Maj.
Marechal: Mar, Mal. e M.al 
Mestra: M.ª
Mestre: M.e
Pós-escrito (Post Post Scriptum): P.S.
Professor: Prof.
Professora: Prof.ª
Professoras: Prof.as
Professores: Profs.
Sargento: SGT e Sarg.
Senhor: Snr., Sr, Sr e Sr.
Senhora: Sr.ª
Senhoras: Sr.as 
Senhores: Sres. e Srs.
Senhorita: Srta, Srta e Sr.ta
Tenente: Ten e Ten.
Tenente-Coronel: Ten Cel, Ten. Cel., T.te C.el e Tte-C.el 
Vossa Excelência: V. Ex.ª
Vossa Senhoria: V.S. e V.S.ª


Fonte: VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), 5ª edição; Dicionário de Formas de Tratamento, de Luiz Gonzaga Paul, Editora AGE, 2008.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: palavras formadas por "auto" e "alto"

Diferenças de uso do hífen entre palavras formadas por "auto-" e as que iniciam por "alto-". • "auto-" é um prefixo, um elemento de composição na formação de palavras que, pela Nova Ortografia, somente é separado do segundo elemento por hífen nos casos em que este inicia por "o" ou "h". Nos demais casos, naqueles em que o segundo elemento inicia por outras consoantes ou vogais, não há hífen, e se a consoante for “s” ou “r”, é necessário dobrá-la. Tem os seguintes sentidos: 1) (eu)mesmo, (ele)mesmo, (si)mesmo. Exemplos: autobiografia autoestima automedicar-se autogovernar-se autodisciplina autopreservação autoanálise autocensurar-se auto-oxidante (mas autoxidável e autoxidação) auto-hipnose auto-hemoterapia autorretrato autossuficiente 2) automóvel (o que se move por si mesmo). Exemplos: automóvel automobilização autovia autotransporte auto-ônibus autotrem autobomba autopeças autoestrada • "alto-", como elemento de composição, forma substantivos ou adjetivos compostos e, seguindo as regras da Nova Ortografia, une-se ao segundo elemento por hífen. Pode ser: 1) adjetivo, significando "de altura superior à média, elevado". Vale lembrar que, neste caso, "alto-", flexiona-se em gênero e número. Exemplos: alta-roda, altas-rodas alto-relevo, autos-relevos alto-mar, altos-mares alta-fidelidade, altas-fidelidades alto-comando, altos-comandos 2) advérbio, significando "em volume alto, fortemente, muito acima do solo". Neste caso, "alto-" permanece invariável na composição. Exemplos: alto-falante, alto-falantes (existe a variante "altifalante", mais usada em Portugal) alto-grandense, alto-grandenses alto-alegrense, alto-alegrenses alto-lajeadense, alto-lajeadenses alto-paranaense, alto-paranaenses Fontes: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, editora Objetiva, p. 170 e 348. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Dicionário de dificuldades da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, Lexicon, p. 38 e 62.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

VOCÊ SABIA? Origem das palavras LINCHAR E LINCHAMENTO

Estas duas palavras, LINCHAR e LINCHAMENTO, que denotam um ato cruel, têm origem na Lei de Lynch. Linchar ou praticar um linchamento é justiçar, é a execução sumária de um criminoso ou um suspeito por uma multidão, sem julgamento legal, a partir de uma decisão coletiva. A origem desses dois termos é aparentemente incerta, mas há registros que apontam no sentido de William Lynch, fazendeiro de Pittysilvania, no Estado da Virgínia (E.U.A). Esse justiceiro teria criado um tribunal privado, no século XVIII (1776), com o poder de aplicar uma punição sumária _ a morte por enforcamento, em geral aos criminosos apanhados em flagrante.
A justificativa desse comitê criado por ele era a de promoverem a manutenção da ordem durante a Revolucão Americana.
Há registros também de que um juiz de paz, chamado Charles Lynch, com os mesmos hábitos de fazer justiça com as próprias mãos, instituiu a chamada "Lynch Law" ou "Lei de Lynch", a qual deu origem às palavras LINCHAR, LINCHAMENTO ou LINCHAGEM, LINCHADO e LINCHADOR a partir do final do século XIX (1838).
Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001, p. 1761.

DÚVIDAS FREQUENTES: "à custa de "

A locução "à custa de" é invariável, ou seja, tem forma única, só se apresenta no singular e significa às expensas de, com sacrifício de. Exemplos: Consegui o emprego à custa de muito sacrifício. Certas empresas crescem à custa de esquemas ilícitos de faturamento. Como não trabalha, ele vive à custa do pai. A palavra custas é um termo jurídico que significa "despesas de um processo", previstas em lei e devidas pela formação de atos judiciais. Exemplos: Já que perdeu a causa, a empresa deve pagar as custas do processo. O total das custas será distribuído entre os litigantes vencidos.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: hífen com prefixos pós-pré- e pró-

Emprega-se o hífen em palavras formadas pelos prefixos pós-, pré- e pró- quando forem tônicos, acentuados e conservarem autonomia vocabular.

Exemplos:
pós-eleitoral
pós-graduação
pós-guerra
pós-parto
pós-escrito
pós-estruturalismo
pós-moderno
pós-nupcial
pós-socrático
pré-estreia
pré-eleitoral
pré-escola
pré-fabricado
pré-contrato
pré-aviso
pré-câncer
pré-diabetes
pré-jurídico (mas, prejulgamento)
pré-lançamento
pró-americano
pró-análise
pró-ativo
pró-forma
pró-memória

 É o que consta na Base XVI do Novo Acordo, a qual se refere aos casos em que se emprega o hífen: "Nas formações com prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/tônico (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover)".

Fonte: Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa/Instituto Antônio Houaiss/coordenação e assistência de José Carlos Azeredo. - 2 ed. - São Paulo: Publifolha, 2008, p. 97.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

VOCÊ SABIA? Origem da palavra "boicote"

A palavra "boicote" tem origem no nome de uma pessoa. No século 19, o capitão inglês Charles Cunningham Boycott administrava propriedades na Irlanda. A forma exageradamente dura com que fazia exigências aos empregados e àqueles com quem tinha negócios provocaram uma recusa generalizada das pessoas em trabalhar ou se relacionar com ele. A partir daí (1880), a palavra inglesa boycott passou à linguagem universal com o sentido de represália praticada contra alguém. Na Língua Portuguesa, a palavra "boicote" significa:
  1. "recusa coletiva de trabalho em determinada indústria ou estabelecimento comercial, ou inibição de transações com eles;
  2. veto a quaisquer relações com indivíduo ou grupo a que(m) se queira punir ou constranger a algo; esquiva coletiva ou individual a qualquer atividade a que se tenha sido convidado;
  3. (na Política) recusa de um grupo a participar de determinado ato ou manifestação pública."

Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001, Ed. Objetiva: p. 478.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "á" existe?

Outro dia, alguns jovens me fizeram a seguinte pergunta: _ " existe? Um "á" pode ser uma palavra, com ou sem acento agudo (´), “a”, dependendo de sua classe gramatical. Também pode ser uma contração de duas palavras (a + a), mas aí aparecerá com um acento grave (`), "à". Observação: a letra "a" recebe um acento agudo, de acordo com as regras de acentação gráfica, quando é parte integrante de uma palavra, como: pássaro, está, já, fácil, metáfora, entre outras. Como palavra da Língua Portuguesa, "a" pode ser classificada da seguinte forma:
  • Substantivo masculino - "á", escrito isoladamente e com acento agudo (´), é o nome da letra “a”, ou seja, é uma palavra que nomeia a letra, da mesma forma que as palavras “jota” e “agá”, dão nome às letras “j” e “h”. Pode aparecer em expressões ou antecedido de um determinante (este, aquele, um, o). Exemplos: de á a zê, não saber á nem bê. Encontrei um á perdido naquela frase. Pode ser que se trate daquele á do qual falávamos.
  • Artigo definido. Exemplo: A rotina pode acabar com uma paixão, quando as obrigações não são divididas.
  • Preposição. Exemplo: Ainda estamos presos a certos preconceitos.
  • Pronome. Exemplo: Os garotos a encontraram em casa, envolvida nos braços da própria mãe. Nós as fotografamos e saímos.
  • Contração da preposição "a" com o artigo "a". Exemplo: Ninguém dava importância à menina no canto da sala até o momento em que ela se juntou às amigas.
Observação: note que tanto o artigo como o pronome "a" variam, ou seja, recebem um "s" quando passam para o plural. Já a preposição é invariável, ou seja, não há forma para ela no plural. Assim deduz-se por que não se pode crasear um "á" antes de palavra feminina no plural. Pois, neste caso, ele é apenas uma preposição. Se houvesse uma contração, haveria um artigo "a". Como este varia, obrigatoriamente apareceria no plural: Estamos presos a convenções. Estamos presos às convenções.

sábado, 21 de maio de 2011

VOCÊ SABIA?

21 DE MAIO É O DIA DA LÍNGUA NACIONAL.

sábado, 14 de maio de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: acentuação de "ter" e "vir"

Pela Nova Ortografia, nada mudou em relação à acentuação gráfica dos verbos "ter" e "vir" e seus derivados _ conter, manter, convir, provir. Isso significa que, para acentuar as formas flexionadas desses verbos, valem as regras existentes antes do Novo Acordo Ortográfico, ou seja, neste caso, o acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 3ª pessoa do plural. Exemplos: O estagiário vem hoje para trabalhar no setor de informática. (ele vem _ 3ª pessoa do singular) Muitas celebridades vêm para participar do evento de hoje. (elas vêm _ 3ª pessoa do plural). A empresa tem muitos colaboradores, os quais juntos têm a força para salvá-la. (ela tem _ 3ª pessoa do singular; eles têm _ 3ª pessoa do plural) Fonte de consulta: Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5ª edição, Base IX - da acentuação gráfica das paroxítonas.

sábado, 30 de abril de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "medio" ou "medeio"?

Em geral, os verbos terminados em -iar são regulares. É o caso de adiar, afiar, negociar, negligenciar, comerciar e premiar, por exemplo, que se conjugam "adio", "afio", "negocio", "negligencio", "comercio" e "premio". Mas o verbo "mediar" é um daqueles verbos irregulares entre os regulares, por isso, conjuga-se "medeio". Exemplo: Hoje sou eu que medeio o debate. São cinco os verbos irregulares entre os regulares terminados em -iar: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar.*
Todos se conjugam como "odiar": medeio, anseio, remedeio, incendeio e odeio. * Para lembrar esses cinco verbos, grave a palavra "MARIO", composta pela inicial de cada um deles: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar. Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.

terça-feira, 12 de abril de 2011

VOCÊ SABIA?

A palavra "BRECHÓ" tem sua origem no nome de uma pessoa. Ela surgiu no final do século XIX, no Rio de Janeiro, onde um homem chamado Belchior criou a primeira loja de compra e venda de roupas e objetos de segunda mão. Nos dicionários, encontramos a palavra brechó como sendo o mesmo que Belchior, que significa: negociante de roupas e objetos usados; proprietário de sebo (livraria); alfarrabista; estabelecimento de belchior. Fonte: Dicionário Houaiss da língu portuguesa, Editora Objetiva, p. 426.

quarta-feira, 23 de março de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: consoantes mudas

Pelo Novo Acordo Ortográfico, a grafia das palavras com consoantes "mudas"* passa a respeitar as pronúncias cultas da língua. Veja alguns casos. . Se existe uma só forma na pronúncia culta, a grafia será única. Exemplos: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural, adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto, ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, exato. . Se houver uma oscilação na pronúncia culta, ou seja, se ora a consoante é muda ora é pronunciada, há dupla grafia. Exemplos: facto e fato, aspecto e aspeto . *em posição interior, ou seja, não estão nem no início nem no final da palavra. Fonte: Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográficao da Língua Portuguesa, do Instituto Antônio Houaiss.

sexta-feira, 11 de março de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "mais bem" ou "melhor"?

Algumas recomendações para empregar as formas "melhor" e "mais bem" * "Melhor" é a forma sintética (uma só palavra) para os comparativos de superioridade do advérbio "bem".
Exemplo: Hoje cantei melhor do que se esperava.
* "Mais bem" é a forma analítica (mais de uma palavra) e deve ser usada em três situações:
1ª) ao se comparar ações diferentes de uma mesma pessoa.
Exemplo: minha amiga canta mais bem que mal.
(caso a ação seja praticada por sujeitos diferentes, usa-se a forma sintética:Minha amiga canta melhor que eu).
2ª) diante de particípio.
Exemplos: A lição foi mais bem compreendida nesta aula. Ele é o funcionário mais bem informado da empresa.
Observação: o gramático Domingos Paschoal Cegalla, admite que antes de verbos na forma nominal do particípio, tanto é correto usar "melhor" como "mais bem". Já Napoleão Mendes de Almeida afirma que "o mais seguro, antes de particípio, é redigir "mais bem informado"..."; 3ª)nos casos em que "bem" faz parte de adjetivo composto.
Exemplos: mais bem-sucedido, mais bem-humorado, mais bem-aventurado, etc.
Fonte: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida.

terça-feira, 8 de março de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "agente" e "a gente"

O termo "agente" e a expressão "a gente" possuem sentidos bem diferentes.
"agente" é a pessoa que atua, opera ou agencia; um comissário, emissário: agente secreto, agente policial, agente diplomático, agente de viagens; um espião; pode ser também um aditivo ou reagente químico.
"a gente" é uma expressão, usada informalmente, no lugar de:
- "nós": Falei com a Maria ontem, quando a gente se encontrou no ônibus.
- "a pessoa que fala"(eu): Você não tem ideia do que é a gente ficar aqui sozinho o dia todo.
- "povo", "multidão", "turma" ou "pessoal"; "o ser humano em geral":
"A gente não quer só comida
A gente quer comida diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte..."
(Comida, música de Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Britto, grupo Titãs)
Fontes: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, p. 174. Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, p. 296. Nossa Gramática Completa Sacconi: teoria e prática, p. 217.

terça-feira, 1 de março de 2011

VOCÊ SABIA? "CHINELO" E "CHINELA"

VOCÊ SABIA que as palavras "CHINELO" e "CHINELA" têm a mesma origem e se equivalem?
Ambas provêm do latim medieval planella, de planus, a, um "plano", por influência do dialeto genovês cianella (do italiano pianella, diminutivo de piano "plano").
Tanto "CHINELO" como "CHINELA" referem-se a um calçado confortável, sem salto ou com um salto baixo, deixando o calcanhar livre e usado dentro de casa.
Características particulares dessas palavras:
- "CHINELA" é também um calçado pequeno típico de certos trajes regionais.
- "CHINELO" é também um calçado de borracha, com tiras, geralmente usado em dias quentes.
- Em Portugal, chinelas é o termo usado para sapatos de quarto.
- A forma ortográfica chinella surgiu primeiro, no Século XV.
- A forma chinello só apareceu em 1738.
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, p. 701.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: "não" e "quase"

De acordo com as novas regras ortográficas, NÃO SE EMPREGA O HÍFEN com as palavras "não" e "quase", quando elas exercem função de prefixo.
Exemplos:
não agressão
não beligerante
não fumante
não violência
não participação
não periódico
quase delito
quase equilíbrio
quase domicílio

Fonte: O que muda com o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, de Evanildo Bechara, p. 58.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: vírgula antes de "etc."

Há muitas regras que provocam discordância entre linguistas e gramáticos e entre eles próprios. Um exemplo disso é a pontuação diante de "etc.", a abreviatura da expressão latina et coetera, que significa "e outras coisas". Alguns afirmam que não se deve colocar uma vírgula antes dessa abreviatura, pois o "e" inicial dela seria o elemento de ligação com o último termo de uma sequência. Exemplo: Compram-se moedas antigas, selos, figurinhas etc. O gramático Pasquale Cipro Neto não a usa,nem o lexicógrafo Houaiss. Todavia, o uso da vírgura é abonado pela Academia Brasileira de Letras e por filólogos e gramáticos, como Aurélio, Celso Cunha e Bechara. Assim: Compram-se moedas antigas, selos, figurinhas, etc. Fonte: Dicionário de Dificuldades da Língua Porguesa, de Domingos Paschoal Cegalla.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: a palavra "mesmo"

NÃO SE USA "MESMO" para retomar uma pessoa, ou lugar, ou objeto citados em um texto ou discurso. A palavra "mesmo" empregada-se no sentido de "ele próprio". Exemplos: Foi João mesmo quem trouxe o cachorro para casa. (o próprio João) Quis comprar tudo sozinha. Agora ela mesma é que faça a documentação necessária.(ela própria) Quando saímos do hotel, nós mesmos tivemos que levar as bagagens até o carro. (nós próprios) Obs.: "mesmo" concorda em número e pessoa com o termo que acompanha. Portanto, estão errados os seguintes usos da palavra "mesmo": João foi ao supermercado. O mesmo trouxe muitas compras. A empresa contratou uma diretora com nova visão de mercado. A mesma iniciará suas atividades na próxima semana. Nestes últimos casos, pode-se substituir o referente (João, uma diretora) pelos pronomes ele, ela, ou fazer uma substituição vocabular, ou seja, fazer a troca por outra palavra equivalente, ou por uma característica desse referente. Exemplos: João foi ao supermercado. Ele (ou o gastador) trouxe muitas coisas. A empresa contratou uma diretora com nova visão de mercado. Ela (ou a novata) iniciará suas atividades na próxima semana. "Mesmo" também pode funcionar como pronome neutro em frases, como:
"Isso é o mesmo que lhe disse"
"O mesmo ouvi eu de você ontem" (= é a mesma coisa)
Fonte: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, p. 185

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: hífen nos encadeamentos vocabulares

Pelas regras do Novo Acordo Ortográfico, usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que, em sequência, formam não propriamente vocábulos (palavras), mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade
a ponte Rio-Niterói
o percurso Lisboa-Coimbra-Porto
a ligação Angola-Moçambique
Emprega-se o hífen também nas combinações históricas ou mesmo ocasionais de topônimos (nomes geográficos).
Exemplos:
Austro-Hungria
Alsácia-Lorena
Angola-Brasil
Tóquio-Rio de Janeiro
Fonte: "O que muda com o Novo Acordo Ortográfico, de Evanildo Bechara.

DÚVIDAS FREQUENTES: "chapéus" e " pastéis"

Já aconteceu com você de ficar na dúvida se o plural de "chapéu" é "chapéis" ou "chapéus"? Veja por que só pode ser "chapéus". A formação do plural das palavras que nomeiam seres, ou seja, de substantivos simples, depende da terminação delas no singular.
- Quando terminam em "vogal" ou "ditongo" no singular, no plural, acrescenta-se "s". Exemplos:
mesa - mesas boné - bonés saci - sacis tinteiro - tinteiros urubu - urubus lei - leis chapéu - chapéus
- Quando terminam em "-al", "-el", "-ol" e "-ul", deve-se substituir, no plural, o "-l" por "-is". Exemplos:
animal - animais papel - papéis móvel - móveis
paul - pauis

Exceções: "mal", "real" (moeda), "cônsul" e seus derivados, que passam para "males", "réis", "cônsules" e "procônsules", "vice-cônsules"...

- Quando terminam em "-il", o plural depende da acentuação também: *** Se a palavra tiver a última sílaba tônica (oxítona), muda-se o

"-l" pelo "s". Exemplos:
barril - barris covil - covis funil - funis fuzil - fuzis
Observações: 1) existe o plural "brasis", quando se quer fazer referência a regiões brasileiras ou tipos de Brasil; 2) o plural "Prêmios Nobéis" só se usa no sentido figurado. Exemplo: Dois Prêmios Nobéis estão aí conversando animadamente. *** Se a palavra tiver a penúltima sílaba forte (paroxítona), substitui-se a terminação "-il" por "-eis". Exemplos:
fóssil - fósseis réptil - répteis
Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

NOVA ORTOGRAFIA: hífen em nomes geográficos

Como ficou o uso do hífen em palavras compostas que representam nomes geográficos, de acordo com a Nova Ortografia? De acordo com as novas regras ortográficas, deve-se empregar hífen:
  • nos nomes geográficos (topónimos/topônimos) compostos pelas formas "grão", "grão", por verbo, ou ligados por artigo, tais como:
Grã-Bretanha Grão-Pará Passa-Quatro Quebra-Dentes Traga-Mouro Baía de Todos-os-Santos Entre-os-Rios Trás-os-Montes
Observação: os demais nomes geográficos compostos escrevem-se sem hífen, ou seja, separados. Exemplos: Belo Horizonte, América do Sul, Cabo Verde, Castelo Branco. Vale lembrar que há duas exceções consagradas: Guiné-Bissau e Timor-Leste
  • nos adjetivos que se referem ao lugar onde se nasce, derivados de nomes geográficos compostos, tendo ou não elementos de ligação. Exemplos:
belo-horizontino juiz-forano mato-grossense mato-grossense-do-sul sul-americano norte-coreano são-cristovense são-luisense
Observação: "escreve-se com hífen indo-chinês, quando se referir à Índia e à China, ou aos indianos e chineses, diferentemente de indochinês (sem hífen), que se refere à Indochina. Da mesma forma centro-africano, com hífen, refere-se à região central da África, e centroafricano, sem hífen, refere-se à República Centroafricana." Fonte: "O que muda com o novo Acordo Ortográfico", Evanildo Bechara, Editora Nova Fronteira, 2008.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DÚVIDAS FREQUENTES: "traz" e "trás"

AS DIFERENÇAS ENTRE AS PALAVRAS "TRAZ" e "TRÁS" - "TRAZ" é uma flexão do verbo "TRAZER" (terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo). A forma no plural é "trazem". Exemplos: Essa música me traz boas recordações. O carteiro sempre nos traz a correspondência em dia. - "TRÁS" é um advérbio que indica "posição". É uma palavra invariável, ou seja, não existe no plural. Significa depois de, após, atrás, detrás. Exemplo: Faça a volta por trás da casa e o surpreenda. Observações: - escrevem-se com"s" também: atrasar, atraso, traseira, detrás, atrás etc; - "trás" também pode ser preposição. Entretanto, como informa o gramático Luiz Antônio Sacconi, "no português contemporâneo, a preposição "trás" não se usa senão nas locuções adverbiais "para trás" e "por trás" (ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva "por trás de" (ficar por trás do muro). Além disso, o dicionário Houaiss registra que o termo "trás" também pode ser classificado como interjeição "usada para reproduzir o ruído de uma pancada".