quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
DÚVIDAS FREQUENTES: "traz" e "trás"
AS DIFERENÇAS ENTRE AS PALAVRAS "TRAZ" e "TRÁS"
- "TRAZ" é uma flexão do verbo "TRAZER" (terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo). A forma no plural é "trazem".
Exemplos:
Essa música me traz boas recordações.
O carteiro sempre nos traz a correspondência em dia.
- "TRÁS" é um advérbio que indica "posição". É uma palavra invariável, ou seja, não existe no plural. Significa depois de, após, atrás, detrás.
Exemplo:
Faça a volta por trás da casa e o surpreenda.
Observações:
- escrevem-se com"s" também: atrasar, atraso, traseira, detrás, atrás etc;
- "trás" também pode ser preposição. Entretanto, como informa o gramático Luiz Antônio Sacconi, "no português contemporâneo, a preposição "trás" não se usa senão nas locuções adverbiais "para trás" e "por trás" (ficar para trás, chegar por trás) e na locução
prepositiva "por trás de" (ficar por trás do muro).
Além disso, o dicionário Houaiss registra que o termo "trás" também pode ser classificado como interjeição "usada para reproduzir o ruído de uma pancada".
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
NOVA ORTOGRAFIA: "cor-de-rosa" e "cor de vinho"
Por que, pela nova ortografia, escreve-se
"COR-DE-ROSA" com hífen, mas
"COR DE VINHO" sem hífen?
Essa diferença de escrita existe simplesmente porque
"COR-DE-ROSA" é uma das EXCEÇÕES à nova regra.
Pela Nova Ortografia, NÃO SE EMPREGA O HÍFEN em qualquer tipo de locução, conjunto de palavras com função e significados únicos; tenham elas, ou não, um elemento de ligação.
Exemplos: "cor de vinho", cor de açafrão, cor de café com leite, cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, a fim de que, ao passo que, por conseguinte, à espera de, à parte, à vontade.
Entretanto conservou-se o hífen em algumas locuções, por serem consideradas consagradas, as quais passaram a constituir exceções. É o caso de "cor-de-rosa".
Outras exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
Fonte: VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa – 5ª edição -Base XV
terça-feira, 30 de novembro de 2010
DÚVIDAS FREQUENTES: "um" é numeral e artigo
A principal diferença entre o numeral cardinal “um” e o artigo indefinido “um” é justamente a função de cada um deles.
O numeral cardinal “um” indica quantidade exata de seres, lugares ou coisas. Adminte o acréscimo dos termos " só", "somente" ou "apenas".
Exemplo:
O atleta trouxe um uniforme para todos os jogos.
(isto é: um só uniforme)
O artigo indefinido “um” generaliza o termo que acompanha, ou seja, determina-o de modo vago. Aceita o acréscimo do termo "qualquer".
Exemplo:
Achei um brinco na calçada.
(ou seja, um brinco qualquer)
Veja a diferença: Estava procurando meus brincos. Encontrei um na calçada.
(aqui "um" está expressando a quantidade, no exemplo anterior, "um" somente generaliza o objeto)
É possível perceber a diferença entre eles em um contexto, passando-os para o plural.
Se o plural de "um" for "uns", é artigo; se for "dois", "três"..., é numeral.
Veja as recomendações do gramático Napoleão Mendes de Almeida:
- “um, quando cardinal, indica realmente número e tem por plural dois; na prática, descobre-se que um é cardinal quando admitir o acréscimo de só, único: Um (só) homem é bastante para erguer isso”.
- “quando indefinido, um tem por plural uns e admite, por contraposição, o adjetivo outro: “Fiquei conhecendo hoje um homem, de que há muito ouvi falar”.
Fonte: Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, p. 160.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010
NOVA ORTOGRAFIA: trema
Só para lembrar:
nas palavras portuguesas ou aportuguesadas não se usa mais o trema, embora o "u" continue sendo pronunciado.
Assim, escrevemos tranquilo, sequestro, consequência, cinquenta.
Pela Nova Ortografia, usa-se o trema apenas em nomes próprios, como Müller, e em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como mülleriano.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
DÚVIDAS FREQUENTES: "onde" e "aonde"
Que a palavra "onde" designa "lugar", já vimos na postagem do dia 14/09/2009.
Mas e quando a dúvida é: usar "onde" ou "aonde"? Neste caso, veja as diferenças de uso:
ONDE
Usa-se com verbos que NÃO indicam movimento. Refere-se a "lugar em que se está ou se fica" (em que lugar).
Exemplos:
Onde mora a sua família?
Não sei onde meu chefe se encontra neste momento.
A rua onde moramos é muito agitada.
Observação: com verbos que indicam movimento, só se usa "onde" nos casos em que este já vem precedido de uma preposição, como de, até, para ou por.
Exemplos: Você viu até onde ele foi? Só podemos passar por onde a tinta está seca. Não sei de onde saiu este carro. Amanhã iremos para onde a Joana quer.
AONDE
Emprega-se com verbos que indicam movimento, deslocamento, pois tais verbos exigem a preposição "a", a qual se une ao "onde". Equivale a "a que lugar", "para que lugar".
Exemplos:
Aonde você quer chegar?
Aonde ele pensa que vai com essa caixa?
Ele sabe aonde essa atitude o levará?
Fonte de consulta: Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, 3ª ed. de acordo com a nova ortografia.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
DÚVIDAS FREQUENTES: "a presidente" ou "presidenta"
Qual é o feminino da palavra "PRESIDENTE":
"A PRESIDENTE" ou "PRESIDENTA" ?
As duas formas estão registradas em dicionários de Língua Portuguesa no Brasil, embora a mais usual seja "a presidente".
Acontece que,em geral, os substantivos terminados em -e e, especialmente, em
-nte, têm formas iguais tanto para o gênero masculino como para o feminino. Exemplos: cliente, estudante, servente.
"Há, porém, um pequeno número que, à semelhança da substituição -o (masculino) por -a (feminino), troca o -e por -a. Assim:
elefante - elefanta
governante - governanta
infante - infanta
mestre - mestra
monge - monja
parente - parenta
Observação:
Os femininos giganta (de gigante), hóspeda (de hóspede) e presidenta (de presidente) têm ainda curso restrito no idioma."
(CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 3 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 194)
Outras fontes de consulta:
Nossa Gramática Completa Sacconi, 29ª ed. p. 133.
Gramática Metódica da Língua Portuguesa, Napoleão Mendes de Almeida, 45ª ed. p.104.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, p. 2292.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
NOVA ORTOGRAFIA: "étnico-racial" e "etnorracial"
Saiba por que há diferenças, quanto ao uso do hífen, entre os vocábulos: "étnico-racial" e "etnorracial"
ÉTNICO-RACIAL é um adjetivo composto e, neste caso, não há mudança na grafia, pelas regras do Novo Acordo Ortográfico, ou seja, emprega-se o hífen, como em social-democrata, social-patriótico, luso-brasileiro.
ETNORRACIAL é uma palavra iniciada pela forma reduzida "etno", que é um elemento de composição, ou seja, isoladamente não constitui um vocábulo. Sendo assim, está sujeita às novas regras de uso do hífen: separam-se as recomposições em que o segundo elemento inicia por "h", como em etno-história, etno-histórico(a). Mas não há separação, se tal elemento iniciar por consoante, como em etnocentrismo, etnolinguístico(a). E caso o segundo elemento inicie por "r", este deve ser dobrado, como em etnorreligioso.
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